segunda-feira, dezembro 04, 2006

1º ser do discurso.

Carne da minha carne
uso discurso sagrado
Pra proferir algo
que já parecia combinado
por alguns muitos anos.

Sangue do meu sangue
o peso do sagrado discurso
Das dores curáveis
Da dor esquecida

Voz do meu canto...
uso discurso profano
e repito redundante.
Esqueci as dores
reinventei a vida

Se o meu pecado
e o teu não nos ofendem
O sagrado e o profano
não repreendem
Qualquer oração
Qualquer prece
feita no pele a pele
língua uma
língua outra.

A carne e o verbo.


Tássia Campos

7 comentários:

umjardineiro disse...

Eu bem me lembro... Noites e tardes de namoradas... E a gente praticando poesia...


Calma, calma... Eu não sou tarado! hehehe

Não?

Tássia Campos disse...
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Anônimo disse...

e qdo o sagrado e o profano se misturam... boas palavras surgem.

verbo e carne sob tuas vistas! mui lindo!


como sempre...

=)

bjão

Sentido Puro disse...

Fiquei viajando nas possibilidades do teu poema, é lindo.

Mais uma vez tenho que concordar com a senhorita Suhelen, é lindo como sempre.

=*

Anônimo disse...

Os pecados não ofendem...Não existem. São só coisas que vc faz ou não.

Anônimo disse...

visual novo.
legal =)

Anônimo disse...

No principio era o verbo...
e agora como diz joão simas:
O verbo se fez carnaval...