flores, folhas e espaço E seguimos assim no contrário
passo a passo
segunda-feira, janeiro 22, 2007
Minutos antes de madrugadecer Pensei em te fazer uns versos Versos assim, coloridos. Pra ti, por ti. Por ser minha única teoria válida.
Peço a ti, que anote Num caderno ou na agenda que nunca esqueça de ter por mim Amor. Para que eu não pereça E nem me torne coisa perecível. Quero ser contigo, coisa que não acaba.
Por agregares em ti, todas as notas de toda suavidade sonora dedico a ti, minhas não-rimas pobres. E se algum dia te esqueceres Lembra de algum pássaro que canta. Lembra do pássaro sem asas. Mas, que sempre que quer Voa alto pra te encontrar.
quarta-feira, janeiro 17, 2007
segunda-feira, janeiro 15, 2007
Me deixe em paz com minha profecia. Fica aí com tuas teorias infundadas, com teu manual de fazer não-viver. Fizeste curso com o absurdo? Ou foi o absurdo que te aprendeu? Tuas verdades inventadas, não me inventam máquina. Sou de carne e osso. Sou gente.
quarta-feira, janeiro 10, 2007
Nas palavras eu me escondo e não saio de mim pra nada. Se um rio passar por trás, talvez eu até vire um barco. O meu lugar é o tempo. Seja no rio, no arco-íris, na lua cheia ou no eclipse. Quero estar aqui, ali ou além, até que as palavras, o vento e o tempo se extasiem em mim como num cio do verbo. Quem foi que disse que existe regra pra não caber em si? Almejo o som do silêncio e meu rastro de pés cansados. Quero me metaforizar.
Naquele quintal incerto (tanto quanto certo) passava um rio de lírios. Peregrinos risos soltos Presos em taças largas Variam com as notas floridas
De flores que não falam Tão somente transmitem Mais que cheiro, cor. Sobem sons, descem densos passeiam por cima de tudo e se encostam nas pétalas alvas. E é de ver a beleza e o contentamento em flores que não falam em notas soltas e risos largos que sinto certeza do instante do agora pra sempre. De uma interminável tarde em mim. Anoitece então. A vontade de alvorecer tal como o som das águas. E amanhece, enfim a luz dos lírios Foi-se cor de vinho fez-se som de flor. Eu noite Eu lírio Eu brisa Com o vento se foi o dia. E amanhã (tem outro) Tu dia Tu paz Tu violeta Porque se vem a noite chega o agora (e sempre mais) O poema-flor não acaba A flor-poema não morre Findo aqui Antes que desbote a cor.